Para saber como as bactérias se reproduzem, precisamos entender que as bactérias são seres vivos unicelulares, procariontes, isto é, sua única célula não possui envoltório nuclear, nem organelas membranosas.
Elas são um dos organismos mais antigos do planeta. Esses organismos podem ser encontrados de forma isolada ou em colônias, são microscópicos e podem viver na presença de oxigênio (aeróbias), na ausência de oxigênio (anaeróbias) ou também ser anaeróbias facultativas, em que a presença ou a ausência de oxigênio não interfere em suas atividades vitais.
O holandês Antonie van Leeuwenhoek foi quem descobriu as bactérias em 1683. Ele era um negociante que tinha como hobby polir lentes e construir microscópios e assim com um desses equipamentos ele observou resíduos que retirou de seus próprios dentes e para sua surpresa, ele viu seres minúsculos em forma de bastonetes, que são as bactérias.
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Esses seres vivos se reproduzem rapidamente, podendo dar origem a um grande número de descendentes em apenas algumas horas. A sua principal forma de reprodução é assexuada, por cissiparidade ou bipartição, um processo no qual é divida uma célula em duas, e assim cada uma das células formadas possui o mesmo genoma da célula-mãe, ou seja, são geneticamente iguais, a não ser que ocorram alterações em seu material genético.
Como a maioria das bactérias se reproduz assexuadamente para que possam adquirir características diferentes, elas realizam troca de genes entre indivíduos diferentes, o que auxilia na resistência à antibióticos, esse processo é chamado de recombinação genética.
Há três maneiras de realizar a recombinação genética, entre elas estão: transformação bacteriana, em que a troca de genes ocorre pela absorção de moléculas ou fragmentos de moléculas de DNA de bactérias mortas e decompostas que ficam dispostas no ambiente.
Assim ao adquirir essas moléculas a bactéria transformada passará a apresentar novas características hereditárias, e não é necessário que as bactérias sejam da mesma espécie para esse processo ser possível, basta que as condições sejam adequadas, mas somente um DNA semelhante ao da bactéria receptora pode ser introduzido no cromossomo bacteriano; transdução bacteriana ocorre quando os segmentos de moléculas de DNA são transferidos indiretamente de uma para outra, pois ao se formarem no interior das células hospedeiras os bacteriófagos podem incorporar pedaços do DNA bacteriano.
Depois de liberados, esses bacteriófagos podem transmitir a outras bactérias os genes bacterianos que transportavam ao infectá-las. Esses genes podem tanto destruir a bactéria como serem incorporados ao seu cromossomo, assim ela pode se multiplicar e dar origem a uma linhagem com novas características; e por fim a conjugação bacteriana é a transferência de DNA de maneira direta de uma bactéria doadora para uma receptora através de um tubo de proteína, chamado pilus que conecta o citoplasma de suas bactérias. Assim o fragmento de DNA de uma bactéria é transferido para a outra, possibilitando uma recombinação genética na bactéria receptora, resultando no aumento da variabilidade genética.
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