A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional que aconteceu na América do Sul. O evento teve início no ano de 1864 se estendendo até 1870, o conflito foi travado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai, por isso ela também é conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, na Argentina e Uruguai, e Guerra Grande no Paraguai.
Tudo começou com uma intervenção armada do Brasil no Uruguai em 1863, dando fim à guerra civil uruguaia ao destituir o presidente Atanasio Aguirre, do partido Blanco, colocando em seu lugar Venancio Flores.
Porém temendo que o Império Brasileiro e a República desorganizassem os países menores do Cone Sul, Francisco Solano Lopez, o presidente do Paraguai resolveu agir, buscando o apoio dos blancos no Uruguai e dos caudilhos do norte da Argentina.
Então Solano Lopez mandou seu exército invadir a província brasileira do Mato Grosso.
Assim em 1864 o exército paraguaio aprisionou o vapor brasileiro Marquês de Olinda, o qual transportava o presidente do Mato Grosso, suspeitando que ele contivesse armas. Antes dos acontecimentos, Solano Lopez já havia se preparado para um futuro conflito, através da produção de um arsenal de guerra moderno. Seu intuito também era aumentar o território paraguaio a fim de ter acesso ao mar através do porto de Montevidéu.
Mas não era somente para o Paraguai que a guerra traria benefícios, os blancos também tinham interesse, pois com o apoio militar paraguaio contra argentinos e brasileiros impediria que esses países continuassem a intervir no Uruguai. Já o Império não desejava essa guerra, mas pensava-se que vitória brasileira seria rápida, e assim poria fim à disputa de fronteiras entre os dois países e às ameaças á livre navegação e também esperavam poder depor Solano Lopez.
Após a invasão à Mato Grosso pelo exército de Solano López, o Paraguai declarou guerra ao Brasil em 13 de dezembro de 1864 e três meses mais tarde à Argentina, pois ela não aceitava a guerra, querendo se manter neutra ao conflito, não permitindo que os exércitos paraguaios atravessassem seu território para combater no Uruguai e invadir o sul do Brasil.
Assim o exército paraguaio também invadiu a Argentina, com o intuito de alcançar o Rio Grande do Sul e o Uruguai, onde esperavam contar com o apoio dos blancos.
Em contrapartida, o Uruguai nesse momento já governado por Venâncio Flores não aceitou essa situação e se uniu ao Brasil e a Argentina.
E assim no dia 1º de maio de 1865 o Brasil, a Argentina e o Uruguai assinaram em Buenos Aires o Tratado da Tríplice Aliança contra o Paraguai. O comando das tropas ficaria a encargo de Bartolomeu Mitre, presidente da Argentina. Mas mesmo unidos, as forças militares dos três países no início da guerra eram bem inferiores às do Paraguai, não chegando a 1/3 de seu número, possuindo poucos recursos de guerra.
Sendo que a Argentina dispunha de 8 mil soldados e uma esquadra de quatro vapores e uma goleta, o Uruguai possui menos de 3 mil homens e nenhuma unidade naval, enquanto que o Brasil possuía menos 12 mil soldados treinados, mas tinha a vantagem em sua marinha de guerra, contando com 42 navios com 239 bocas de fogo e uma tripulação de 4 mil homens bem treinados. Apesar disso o Brasil tinha um exército mal organizado e muito pequeno.
Por isso quando o império enviou uma expedição para combater os paraguaios no Mato Grosso.
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Onde somente foi alcançá-los no ano de 1867 em Laguna, a coluna foi perseguida pela cavalaria inimiga, sendo obrigada a recuar, sendo que essa ação ficou conhecida como a retirada de Laguna.
A primeira vitória da Tríplice Aliança se deu com a recaptura de Corrientes, que havia sido tomada pelos paraguaios, assim como eles haviam deixado-a desprotegida, as tropas argentinas, juntamente com 364 brasileiros e 500 mercenários europeus após uma árdua luta conseguiram recapturar Corrientes. Outra vitória foi na Batalha do Riachuelo, em que o Brasil mais bem preparado derrotou os paraguaios, em 1865.
A batalha aconteceu no Rio Paraná e se deu entre a esquadra comandada pelo chefe de divisão Francisco Manuel Barroso da Silva e a esquadra paraguaia comandada por Pedro Inácio Meza , essa vitória influenciou grandemente a guerra, impedindo a invasão da província argentina de Entre Rios, destruiu o poderio naval paraguaio e cortou a marcha de Lopez, obrigando o Paraguai a ficar na defensiva.
Assim A Tríplice Aliança foi vencendo outras batalhas, como a de Uruguaiana, onde os paraguaios foram rendidos e assim o exército ficou ainda mais forte contando com mais de 50 mil homens que já estavam preparados para invadir o Paraguai.
Esta batalha ao contrário das outras não teve o êxito esperado, sendo que os paraguaios tiveram sua única vitória defensiva durante a guerra. Devido a esse ataque houve uma crise entre os aliados detendo seu avanço.
Por essa razão foi chamado o Duque de Caxias (Luis Alves de Lima e Silva)para liderar o exército brasileiro, e devido às divergências entre Mitre e Flores, ambos tiveram que voltar a seus respectivos países, dessa forma o comando geral ficou a encargo do Duque de Caxias que providenciou reestruturação do exército.
Assim ele se empenhou durante 7 meses a organizar as tropas, promovendo condições para que a união continuasse. Enquanto isso Solano Lopez também fortaleceu seu exército em Humaitá. O plano de Caxias era ultrapassar o reduto fortificado paraguaio, cortar as ligações entre Assunção e Humaitá e submeter esta a um cerco.
Assim ele se empenhou durante 7 meses a organizar as tropas, promovendo condições para que a união continuasse. Enquanto isso Solano Lopez também fortaleceu seu exército em Humaitá. O plano de Caxias era ultrapassar o reduto fortificado paraguaio, cortar as ligações entre Assunção e Humaitá e submeter esta a um cerco.
A estratégia de Caxias foi bem-sucedida, mas devido ao tempo decorrido, Lopez havia se fortificado nessa região e fechou o chamado Quadrilátero. Mas através do comando de Caxias, a Tríplice teve uma série de vitórias durante todo o mês de dezembro de 1868, episódio que ficou conhecido como a dezembrada.
Mas no ano seguinte, Caxias teve de deixar o comando por motivos de saúde, regressando ao Brasil, as tropas ficaram tão desanimadas que houve uma grande quantidade de pedidos de dispensa por parte dos oficiais e voluntários.
Mas em seu lugar veio Conde D´Eu, que era genro de D. Pedro II, esposo da princesa Isabel. Ele era um dos poucos membros da família imperial que tinha experiência militar e assim liderou a última batalha, esta que resultou na morte de Solano López que foi ferido a lança pelo cabo Chico Diabo e depois baleado após recusar se render em 1º de março de 1870 e assim com seu presidente morto, Paraguai não teve outra saída e assinou um acordo de paz preliminar com o Brasil.
Mas em seu lugar veio Conde D´Eu, que era genro de D. Pedro II, esposo da princesa Isabel. Ele era um dos poucos membros da família imperial que tinha experiência militar e assim liderou a última batalha, esta que resultou na morte de Solano López que foi ferido a lança pelo cabo Chico Diabo e depois baleado após recusar se render em 1º de março de 1870 e assim com seu presidente morto, Paraguai não teve outra saída e assinou um acordo de paz preliminar com o Brasil.
O Paraguai saiu perdendo e muito com a guerra, nunca mais voltando a ser o mesmo, passando por dificuldades econômicas até os dias atuais. Também houve um alto índice de mortalidade durante a guerra sendo que cerca de 70 % da população paraguaia morreu. O Brasil mesmo saindo vitorioso também teve grandes prejuízos financeiros com o conflito, pois teve que recorrer a empréstimos estrangeiros, assim aumentando sua dívida externa e a dependência de países ricos como a Inglaterra, que saiu lucrando com a guerra, pois assim aumentou sua influência nos países latino-americanos.
Por outro lado o exército brasileiro ficou mais fortalecido no aspecto bélico, se tornando mais experiente e moderno. Depois da guerra parte das melhores terras do Paraguai foram anexads aos países vencedores, sendo que o Brasil ficou com a região entre os rios Apa e Branco, aumentando para o sul o estado do Mato Grosso e a Argentina anexou o território das Missões e a área Chaco Central, sendo conhecida hoje, como território argentino de Formosa.
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