Carlos Drummond de Andrade, como muitos devem saber é um dos maiores escritores do Brasil. Sua poesia eternizada em suas obras literárias chama a atenção das pessoas até hoje, devido ao seu modo de escrever, apresentando liberdade lingüística e temáticas cotidianas em suas obras, ele ficou conhecido como primeiro grande poeta a se afirmar depois das estréias modernistas.
Mas como foi a trajetória de tão talentoso poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro? É o que você vai saber agora nesta pequena biografia resumida.
Carlos Drummond de Andrade nasceu na cidade de Itabira em Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. Ele era de uma tradicional família fazendeiros que há muito tempo residia no Brasil, mas estava em fase de decadência.
Quando criança, Carlos estudou em sua cidade natal, posteriormente em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo no Rio de Janeiro, da qual foi expulso por não acatar e se rebelar contra as regras do colégio.
Então o jovem retorna a Belo Horizonte, onde começa sua carreira de escritor, colaborando com o jornal Diário de Minas, o qual reunia os adeptos locais do movimento modernista mineiro que ainda estava em sua fase inicial.
Em 1922 mostrando seu grande talento, o jovem escritor participa do concurso Novela Mineira, e ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto “Joaquim do Telhado”, assim ele também passa a publicar trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira. Porém sua família insistia para que Carlos obtivesse algum diploma, então ele foi até a cidade de Ouro Preto, onde estudou farmácia na Escola de Odontologia e Farmácia.
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."
Em 1924 Carlos escreve uma carta a Manuel Bandeira, manifestando sua admiração e conhece outros escritores e pintores modernistas como Blaise Cendras, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, com quem passa a trocar cartas até poucos dias antes da morte de Mário.
Nesse meio tempo ele conhece a senhorita Dolores Dutra de Morais, uma das primeiras mulheres a trabalhar em um emprego, o que na época era mal visto na sociedade.
Ela trabalhou como contadora numa fábrica de sapatos, mostrando-se ser uma idealista assim como Carlos, então no ano de 1925 quando se forma em farmácia e se casa com ela em Belo Horizonte. Com Dolores ele teve seu primeiro filho Carlos Flávio nascido em 1927, que devido à complicações vive apenas meia hora e Maria Julieta nascida em 1928, a qual se tornou sua grande companheira ao longo da vida.
Em1926, Carlos retorna à sua cidade natal, onde passa a lecionar Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano.
Depois de volta à Belo Horizonte, através da iniciativa de Alberto Campos, ele trabalha como redator-chefe do Diário de Minas. Impressionado com suas obras, Heitor Villa Lobos, um dos mais famosos maestros e compositores brasileiros de todos os tempos, compõe uma seresta sobre o poema “Cantiga do Viúvo”.
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Carlos também publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema “No meio do caminho”, o qual causa tanta polêmica que acaba se tornando um dos maiores escândalos literários.
Mais tarde ele fundou juntamente de outros escritores A Revista, um importante veículo de afirmação do modernismo em Minas, que apesar de ter durado pouco, marcou muito a vida dos mineiros.
O escritor publica seu primeiro livro, Alguma poesia em 1930 com edição de 500 exemplares paga pelo autor. No ano seguinte seu pai Carlos de Paula Andrade falece aos 70 anos. Em 1934, mesmo ano que publicou seu segundo livro Brejo das almas, Carlos ingressou no serviço público, sendo transferido para o Rio de Janeiro, onde se tornou chefe de gabinete do ministro da Educação, Gustavo Capanema, onde ficou até 1945.
Famoso poema de Drummond- E agora José?:
Como era um excelente funcionário, se mostrando eficiente em todas as suas funções, Carlos passou a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde ficou até se aposentar em 1962. Nesse meio tempo ele colaborou como cronista no jornal Correio da Manhã e mais tarde em 1969, no Jornal do Brasil.
O que mais chamava a atenção em suas obras era predominante individualidade, pois apesar de apoiar o modernismo, não é possível vê-lo dominante nem mesmo em seus primeiros livros, em que o poema-piada e a descontração sintática que eram muito comuns em obras modernistas. Mas em suas obras Carlos sempre demonstrou sua individualidade, pois mesmo com toda essa descontração podemos observar seu ponto de vista melancólico e cético, devido ao seu passo que sempre o torturava e o futuro que assombrava seus pensamentos.
Ao mesmo tempo em que ele ironizava os costumes e a sociedade ele entregava-se com grande dedicação e refinamento construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.
Em 1940 o escritor publica o livro “Sentimento do Mundo”, em tiragem de 150 exemplares, os quais são distribuídos entre os amigos.
Mais tarde Carlos começa a publicar seus poemas em outros jornais e revistas. Até que em 1942, o editor José Olympio da Livraria Olympio Editora publica seu livro “Poesias”, sendo o primeiro a se interessar pela obra do poeta. Em1946, Carlos recebe o prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d´Oliveira e sua filha Maria Julieta, seguindo os passos do pai, publica a novela “A Busca”, pela José Olympio.
Mais tarde falece a mãe do escritor Julieta Augusta Drummond de Andrade em 1948.
O enterro na cidade de Itabira acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra “Poema de Itabira”, de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema “Viagem na Família”.
Então no ano seguinte, Carlos volta a escrever para o jornal Minas Gerais e sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry, com quem muda-se para Buenos Aires, onde ao longo de 34 anos, divulgou a cultura brasileira.
Com o passar dos anos, durante toda sua vida, o escritor não deixa de escrever publicando vários livros, cada vez mais surpreendendo e sendo reconhecido pelo público. Até que em 31 de janeiro de 1987 ele escreve seu último poema, “Elegia a um tucano morto”, que integra seu último livro “Farewell”. Sua filha Maria Julieta falece em 5 de agosto, após 2 meses de internação para tratar um câncer.
Então o estado de saúde do poeta piora e 12 dias depois, Carlos Drummond de Andrade falece de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo de sua filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro.
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
7 comentários :
uau isso sim e uma pessoa qualiificada!
Que resumo gigante kkkk ! Sobre a vida dele tem mta coisa msm hein ?
e verdede tem muita coisa adorei *_*
eu pedi um resumo e veio a vida dele inteirinha taloco
kkkkkkkkkkkkkkkkk
imagine sem ser o resumo
teho um trabalho para fazer e em sei por onde começar
Como o primeiro comentário disse mas que pessoa qualificada! Porém acho que o público queria algo bem mais enxugado (resumido)
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