A respiração celular é um processo extremamente importante para o trabalho celular, e mais ainda para a manutenção de vida em um organismo. Ela consiste na conversão de ligações químicas de moléculas ricas em energia, tais como carboidratos e lipídios, que poderão ser usadas nos processos vitais. Ao contrário da fotossíntese que depende da presença de luz solar para que possa ocorrer, a respiração celular, inclusive nas plantas, é processada tanto no claro como no escuro, ocorre em todos os momentos da vida de um ser vivo, e é realizada por todas as células vivas, as quais ele é formado.
Nesse processo, acontece a oxidação de compostos orgânicos de alto teor energético, como gás carbônico e água, além da liberação de energia, que é utilizada para que possam ocorrer as diversas formas de trabalho celular.
A respiração celular é dividida em dois tipos: respiração aeróbica e respiração anaeróbica.
A respiração aeróbica requer oxigênio e desenvolve-se nas mitocôndrias, que são organelas citoplasmáticas que são capazes de gerar uma grande quantidade de energia. Esse tipo de respiração é composto por três fases: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória.
Na glicólise ocorre a oxidação da glicose que resulta na produção de duas moléculas de piruvato, duas moleculas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NADH+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação. A glicólise é uma das principais rotas para geração de ATP nas células e está presente em todos os tipos de células.
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O ciclo de Krebs é composto por reações catabólicas e anabólicas que tem a finalidade de oxidas acetil coenzima A, que obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. Esse ciclo é realizado na matriz da mitocôndria dos eucariontes e no citoplasma dos procariontes.
A cadeia respiratória é uma fase da respiração celular que ocorre nas cristas mitocondriais, onde se encontram transportadores protéicos com diferentes graus de afinidade para os elétrons. Ao longo da cadeia respiratória ocorre liberação gradual de energia, à medida que os elétrons passam de um transportador para outro. Esta energia liberada vai ser utilizada na síntese de moléculas de ATP, a partir de ADP+PI (Piruvato) dissipando-se alguma sobre a forma de calor.
A respiração anaeróbica extrai a energia de compostos sem utilizar de oxigênio. Alguns organismos, como o bacilo de tétano, por exemplo, tem na respiração anaeróbica o único método de obtenção de energia, sendo assim são chamados de anaeróbicos obrigatórios. Outros como os levedos de cerveja, podem realizar respiração aeróbica ou anaeróbica, de acordo com a presença ou não de oxigênio, sendo assim chamados de anaeróbicos facultativos. Nesse tipo de respiração há um receptor de elétrons diferente do oxigênio e existem várias espécies de bactérias capazes de usar uma grande variedade de compostos como receptores de elétrons na respiração como os compostos nitrogenados, compostos de enxofre e o próprio enxofre elementar, dióxido de carbono, compostos de ferro de manganês, de cobalto e até de urânio. Uma das fases da respiração anaeróbica é a fermentação, processo em que o piruvato é apenas parcialmente oxidado, não se segue o ciclo de Krebs e não há produção de ATP numa cadeia de transporte de eléctrons. No entanto, a fermentação é útil para a célula porque regenera o dinucleótido de nicotinamida e adenina (NAD), que é consumido durante a glicólise.
A respiração é extremamente fundamental para a sobrevivência de um ser vivo, pois se o mecanismo respiratório for paralisado num indivíduo, suas células deixam de dispor de energia necessária para o desempenho de suas funções vitais; então se inicia um processo de desorganização da matéria viva, o que leva a morte do indivíduo.
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